sábado, 22 de maio de 2010

Sete pontes de Königsberg

Pontes de Königsberg
Sete pontes de Königsberg é um famoso problema histórico da matemática que foi uma das principais fundações da teoria dos grafos.
O problema é baseado na cidade de Königsberg (território da Prússia até 1945, atual Kaliningrado, na Rússia), que é cortada pelo Rio Pregolia, onde há duas grandes ilhas que, juntas, formam um complexo que na época continha sete pontes, conforme mostra a figura ao lado. Das sete pontes originais, uma foi demolida e reconstruída em 1935, duas foram destruídas durante a Segunda Guerra Mundial e outras duas foram demolidas para dar lugar a uma única via expressa. Atualmente apenas duas pontes são da época de Leonard Euler.
Discutia-se nas ruas da cidade a possibilidade de atravessar todas as pontes sem repetir nenhuma. Havia-se tornado uma lenda popular a possibilidade da façanha quando Euler, em 1736, provou que não existia caminho que possibilitasse tais restrições.
Euler usou um raciocínio muito simples. Transformou os caminhos em retas e suas intersecções em pontos, criando possivelmente o primeiro grafo da história. Então percebeu que só seria possível atravessar o caminho inteiro passando uma única vez em cada ponte se houvesse exatamente zero ou dois pontos de onde saísse um número ímpar de caminhos. A razão de tal coisa é que de cada ponto deve haver um número par de caminhos, pois será preciso um caminho para "entrar" e outro para "sair". Os dois pontos com caminhos ímpares referem-se ao início e ao final do percurso, pois estes não precisam de um para entrar e um para sair, respectivamente. Se não houverem pontos com número ímpar de caminhos, pode-se (e deve-se) iniciar e terminar o trajeto no mesmo ponto, podendo esse ser qualquer ponto do grafo. Isso não é possível quando temos dois pontos com números ímpares de caminhos, sendo obrigatoriamente um o início e outro o fim

2 Comentários:

Blogger Unknown disse...

Huahuah, parece até que você faz graduação comigo. Acabei de ler isso no meu livro de matemática discreta. Então, enfim eu consegui paz pra uma brincadeira de infância que nunca tinha provado ser impossível. Aquela onde se deve desenhar duas casinhas sem tirar a caneta da folha e sem passar duas vezes pela mesma linha.

9 de junho de 2010 às 16:53  
Blogger José Carlos Valadares disse...

Rodrigo desculpe a demora em responder. Estou sem conexão em casa. Valeu o comentário. Abraços.

5 de novembro de 2012 às 10:52  

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